quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Confiando.

Salmos 37:4-5 Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.

Confiar em Deus é mais que um jargão, ou uma frase de efeito. É também mais que um desafio. Eu me arrisco a dizer que é uma obrigação, mascarada por uma prova de amor.
E não é fácil. 

Se você parar para pensar, tudo isso está diretamente ligado à credulidade, ou de forma mais simples, à fé. 
Ter fé não é meramente o ato de acreditar que Deus existe. A grande verdade é que a maioria das pessoas acredita que ele existe sim. Uns dizem que acreditam num ser superior que controla tudo, outros dizem que existe algo mais forte no universo, uma energia e etc. O fato de que ele é real não está em questão. Não é uma dúvida a ser questionada, é uma certeza. A real questão é: nós confiamos nele?

Adorar, louvar e buscar ao Senhor não é confiar. Não é algo implícito. Não é uma consequência dessas três coisas. Quando nós buscamos por alguém não significa que nós confiamos nesse alguém... Significa apenas que precisamos ou ansiamos por ele. Nós só confiamos nele quando depositamos o que nós temos em suas mãos, sejam segredos ou tesouros. Em outras palavras: nós confiamos quando fazemos prova de algo que nós temos, dispostos a perder, entregando em suas mãos para que ele faça o melhor com o que entregamos. A chave da história é acreditar, de todo o coração, que nós fizemos a escolha certa e de que ele está operando a nosso favor. 

Não, não é fácil. São poucos os que vivem dia após dia, pela fé, porque abriram mão do que tinham ou faziam, pelo Senhor. Ou para ele. É difícil acreditar que depois de tanto ter pedido por algo, ele ainda não te concedeu. É como se ele não estivesse ouvindo ou como se estivesse calado perante nosso clamor. Os relacionamentos de interesse nascem assim... geralmente brotam dos nossos desejos. Creio eu, que ao dar o livre arbítrio, Deus nos deu a chance de escolher entre seu reino e o reino do mundo, entre amá-lo ou não. Ele não queria amor forçado, nem filho escravo. Assim como provavelmente não quer filho interesseiro. Em momento nenhum ele deixa de nos amar, mas durante o curso da vida ele nos transforma, para que o atrapalhar o relacionamento seja lançado fora. Entenda que os nossos desejos muitas vezes não são ruins, inclusive no versículo inicial Deus deixa claro que ele irá realizá-los. Mediante o preço (porque sim, existe um preço): deleitar e confiar nele. Entregar nas mãos dele. E ele exige esse preço, como todas as coisas, pelo mesmo motivo de sempre... o amor. Deus nos ama tanto, que ele nos guarda dos nossos próprios erros. Confiando e entregando nossos sonhos para ele, ele pode nos livrar do que não for bom. É amor, é zelo. 

Alguns desejos são maravilhosos, edificantes, bíblicos. Outros levam o homem à ruína. A diferença das consequências é tão oposta quanto o bem e o mal, mas nós não conseguimos pensar nisso quando a alma - aquela que cria cada um desses desejos - grita. Essas consequências são frutos das nossas escolhas, entre ter desejos bons e bíblicos (como casar, prosperar, viajar o mundo falando do amor de Deus..) que automaticamente serão bençãos, entre entregar esses desejos bons nas mãos do Senhor para que ele faça sua vontade, transformando aquelas bençãos em bençãos redobradas, ou tentar através da força, realizar os desejos maus. Esses são as ruínas, geradoras de maldições. 

Hoje meu coração não fala sobre as ruínas. Meu coração fala sobre, pela primeira vez em 25 anos, confiar em Deus. Entregar, por livre e espontânea vontade, o meu maior sonho nas mãos dele. Os sonhos que nós temos variam consideravelmente, mas ele conhece o coração de cada um. Em determinados momentos da vida, ele nos amadurece a sonhar apropriadamente, em conformidade com os sonhos que ele tem pra nós. Também com nosso papel bíblico. Por ser uma menina, obviamente os meus sonhos envolvem a família, o amor, o zelo e a obra de Deus. E a minha atual certeza é de que antes de conceder cada um deles ao meu coração, ele irá me amadurecer primeiro, a fim de que eu mantenha a minha benção e faça dela uma benção redobrada. Nada do que o Senhor me der eu quero perder. 


Jesus espera que nós façamos o melhor, (gerando frutos) com aquilo que ele nos concede. Sejam dons, ou bençãos, ou realizações. Nosso dever é multiplicar tudo em prol do reino dele, e da manifestação de sua glória aqui na terra. Por mais difícil que seja, por mais dor que eu sinta agora, eu sei que é o sofrimento que vai moldar o meu caráter. Só que dessa vez sem deixar feridas, apenas uma maturidade para alcançar o estado da nova fase. A nova fase não vai me pegar de surpresa, eu não serei vítima das peças que a vida tentar me pregar. Eu serei apenas o vaso nas mãos do oleiro, que ele irá moldar como desejar, para encher de óleo santo e unção. Essa unção não se resume em trabalhar para Deus, eu quero a unção de ser a melhor mulher que eu puder ser. A melhor filha, a melhor mãe, a melhor esposa, a melhor serva. Unção. A mulher ungida se torna sábia e edifica sua casa. Virtuosa, tal como Rute, Ester, Maria, Isabel, com o valor que excede o de rubis. Lavada dos traumas passados, das maldições hereditárias e das legalidades de Satanás. Livre de máculas. Mais cheia do Espírito. 

Correr o risco de perder o amor dos outros, ao entregá-lo à Deus, é doloroso. Um sofrimento sem explicação. Mas Deus sabe de todas as coisas, e o depósito nas mãos dele rende tantos juros quanto o depósito financeiro em poupança bancária: você poupa um valor inicial num tempo indeterminado, e colhe um valor aumentado no tempo em que avaliar ser bom. Dói, machuca. Mas é preciso. 

É preciso.

...

Eu confio em ti, Senhor. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Padrões Bíblicos x Padrões Seculares


Vivemos na era da tecnologia, da sociedade capitalista, consumista e imediatista. Fomos condicionados por culturas com padrões seculares, criados em meio ao que as revoluções sociais e as guerras passadas geraram entre nós.

Nossa herança moral foi pautada por referenciais vazios, algumas vezes intelectuais outras vezes fúteis demais. Ideais contrários à bíblia. Maus costumes e hábitos impermeáveis. Impermeáveis porque nem água passa por eles, difícil é desconstruir tais hábitos.

A era da tecnologia primazia que nós devemos acompanhar as mudanças tecnológicas, ou seremos cada vez mais excluídos do sistema. Ultrapassados. Mais uma defensora do sistema econômico capitalista, que não se importa com a igualdade, apenas com a liberdade econômica.
Cada um tem o direito de crescer sozinho, não importando o que custar. Seria hipocrisia dizer que nós não somos adeptos à ele. Nossas camisas de marca e nossos telefones não nos permitem mentir. O Brasil é capitalista, e nós estamos inseridos nesse sistema.

Mas e o consumismo? O “ser” não importa. O que importa é ter. E obviamente, mostrar. O nosso valor interno está atrelado ao que nós temos, não ao que somos, portanto nós buscamos ter, desenfreadamente, obstante nossas condições financeiras. E sempre precisaremos mostrar o que temos. É assim que nós somos aceitos, que nos encaixamos em algum meio social. O capitalismo não acha ruim, muito pelo contrário, ele adora.

Ainda no contexto, o nosso imediatismo completa todo o resto. Nosso senso de urgência não nos permite viver a vida devagar, cuidar do que deve ser cuidado ou promover um estilo de vida saudável...
 bem pelo contrário, estamos nos tornando cada vez mais descartáveis: o que não funciona se joga fora, os relacionamentos que dão errado são descartados ( e não trabalhados) e o mundo feito de plástico rende mais tempo.

Otimizar o tempo, é otimizar dinheiro, segundo nossa atual filosofia de vida.

A nossa cultura, adepta à globalização, quer ver o Brasil crescendo e se encaixando no eixo mundial sócio- econômico. Mais uma vez, a era da tecnologia em cena. O hoje funciona assim, mas o “ontem” foi marcado por uma série de revoluções – femininas, sociais, trabalhistas e etc -  que nos trouxeram até aqui.
Ainda sobre essa cultura, podemos entender que graças a geografia de porte continental do Brasil, sendo considerado o 5º maior país do mundo, promove a difusão de várias tribos, vários costumes, várias descendências, várias crenças e várias condutas.

 País variado, sim.

Os padrões, seculares, estão longe de representar os padrões estabelecidos por Deus, na bíblia. Os homens ditam esses padrões, ao longo do curso da história. E nós, dançamos conforme a música.
A revoluções ditas anteriormente garantiram ao cidadão brasileiro muitos direitos. Direitos humanos, civis, trabalhistas, enfim... direitos. Garantiram a tão sonhada igualdade entre homens e mulheres, os benefícios trabalhistas e muitos outros. Garantiram aos homossexuais leis de proteção moral.

E os nossos referenciais? Bom, esses são frutos dessas revoluções. Nossos referenciais variam, desde os intelectuais da ciência até os intelectuais do pagode. Os que entendem da evolução e os que entendem do coração.

É esse o mundo atual. É essa a visão daqueles que não vivem conforme os padrões bíblicos.
Os homens e as mulheres brasileiros são moldados por esses padrões. Não é preciso apenas romper, mas também analisar- mos internamente e ponderar onde estão nossos padrões: na bíblia ou no mundo?

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Poderia Escolher!


Eu poderia escolher falar aqui sobre a RELIGIOSIDADE presente em minha vida ao associar Deus à igreja, e fazer da igreja um mero meio social, que não me aproximava de Deus, mas me fazia tomar birra de aprender sua palavra.  Citando LUCAS capítulo 11, versículo 42, onde diz: Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras. Realmente desprezava o juízo e o amor de Deus por não conhecê-lo e por conhecer apenas práticas religiosas que os costumes da vida me trouxeram, assim como aqueles fariseus.

Poderia escolher falar sobre a VERGONHA DE SER CRISTÃ durante a minha adolescência, estudando em um colégio particular batista, que por contradição tinha a grande maioria de alunos de outras religiões. Os evangélicos eram zombados por andarem na contramão e não aderirem ao estilo de vida dos demais e por mais que aquilo me machucasse, fui crescendo e escondendo minha identidade, assim como minha personalidade, numa tentativa de tentar me encaixar no ambiente. Já me sentia excluída por não ter a mesma liberdade que meus amigos tinham. Presa em constante religiosidade, não encontrava motivos ou vontade para freqüentar a igreja. 

 Poderia aqui expressar sobre como Deus escolheu justamente a mim, que um dia senti vergonha de sua história, mas que hoje me orgulho dele e mencionar ROMANOS 1:16,: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Isso significa que eu fui alcançada por esse evangelho, sendo o poder de Deus. Não me envergonho mais, hoje me sinto honrada por ser filha desse Deus maravilhoso e escolhida por ele para cumprir sua obra.

Poderia escolher pontuar aqui a PERSEGUIÇÃO que sofri, ainda quando adolescente, que culminou na vergonha dita anteriormente, ou na perseguição que eu sofri e ainda sofro pós- conversão.  O Próprio Messias nos motiva e nos impulsiona em João 16:33, Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.  Ser um cristão é andar na contramão do mundo, não conforme o reino dos homens, mas conforme o reino de Deus. O assunto é vasto, e para esse maravilhoso versículo poderíamos discorrer durante dias. No mesmo tema, seria viável também mencionar o livro de 2 Coríntios, capítulo 4 versículo 8, Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.

Poderia escolher falar sobre VIVER NO MUNDO E PARA O MUNDO, mencionando o vazio que encontrei durante o tempo longe dos caminhos de Deus, das novidades e da escravidão que a falsa liberdade me proporcionou. Ou poderia simplesmente citar I João 2:15,16 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 
Deus deixa nítido que amando ao mundo, torna-se escravo dos pecados gerados pela concupscência da carne, ou seja, pelos desejos da carne que levam à um caminho de egoísmo e rebeldia contra Deus; ou escravo dos desejos dos olhos, de querer tudo para si; e por fim, escravo da soberba da vida, aquela motivada por um desejo de parecer importante, de se destacar, que alimenta o ego interno. Sim, viver no mundo e para o mundo é viver sem Deus e contra Deus.

Poderia também escolher falar sobre como eu mesma PERSEGUI aos Cristãos no momento em que me desviei. Uma revolta gerada pela experiência ruim, me fez discriminar como fui discriminada. Inclusive, retaliava qualquer amiga que tentasse falar de Jesus Cristo pra mim. O embasamento? Atos 9: 1 ao 6 : E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
 Transformada como Paulo, eu fui. Hoje. Era um Saulo, e hoje sou um Paulo. Bela História. Poderia... de fato.

Poderia escolher uma reflexão sobre o PECADO, que de fato teve peso em minha vida durante o período em que estive longe dos caminhos do Senhor. Era serva e escrava do pecado, como o próprio Messias deixa claro: Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. João 8:34.  Mas em 2 Coríntios 5:21, o consolo aparece: aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus. Seria importante salientar como Deus me amou e me perdoou por minhas transgressões, e do preço que foi pago para que isso acontecesse. Não sou mais serva do pecado, porém serva de JESUS CRISTO.

Esses são alguns exemplos do que eu poderia escolher falar. Da mensagem que eu poderia frisar no coração de cada pessoa que tiver acesso a ela. A escolha é uma possibilidade. Eu poderia escolher falar sobre qualquer uma destas coisas – a religiosidade, a vergonha, a perseguição, o mundo, o pecado, e muitas outras – mas hoje, eu abro mão de escolher e deixo que o Espírito Santo faça isso...  E nada mais forte em meu coração, nada mais poderoso para se transformar alguém que o Evangelho de Deus, o próprio Jesus Cristo e sua essência: o amor. Deus é amor! E o amor transforma, o amor muda, o amor de Deus é capaz de transpassar qualquer barreira de dor e sofrimento! E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. 1 João 4:1

Eu escolho o amor de Deus. Eu escolho viver o amor de Deus. Eu escolho falar sobre o amor de Deus. Eu escolho agradecer pelo amor de Deus. Eu escolho transbordar do amor de Deus. E eu escolho continuar sendo transformada pelo amor de Deus.

Este amor nos foi dado através da pessoa de Jesus Cristo. O Deus encarnado homem, que não apenas viveu num mundo sujo e corruptível sem pecar, com um sangue puro e limpo de mazelas. Ele também se deu como sacrifício a Deus por amor à nós, homens. Por amor à mim. Tudo é fruto do amor. Deus entregou Jesus Cristo, seu filho amado, para morrer na cruz por amor à cada um de nós. Para que houvesse alguma coisa em troca da nossa salvação. Para que houvesse o perdão por nossas transgressões.Seu sangue fez o véu que separava o homem de Deus se rasgar ao meio, a partir daquele momento ímpar tudo mudou. Porque o nosso pecado já não poderia nos impedir de chegar à Deus... Basta um arrependimento de nossa parte, e um convite, que esse amor começa a atuar como um agente de transformação interno.

Eu escolhi o amor de Deus. Dentre as minhas possibilidades, eu escolhi ser justificada e atribuir à história da minha vida o sentido do amor. Cada um pode escolher atribuir à história de sua vida, o sentido que quiser. Deus escolheu ser pai e nos tratar como filhos, não um juiz que nos tratasse como réus. Por isso eu escolho ser uma filha amada... e você, escolhe o quê?







quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Renascimento.

Romanos 6:2-7 “De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cri
sto Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. Pois quem está morto está justificado do pecado.



E eu, morri.
Mais precisamente no último domingo, dia 30 de setembro, às 21:30, na Igreja Batista da Lagoinha. 
Instantaneamente eu nasci de novo, através de um ato, que mudou toda a minha vida espiritual. Eu reconheci publicamente Jesus, outra vez. Fui purificada. 
E para não fugir da rotina, como todas as outras coisas referentes à minha vida, o meu batismo foi diferente. 

Nos meus primeiros 17 anos de vida, crescendo na igreja, com uma família Cristã, nunca tive o interesse em batizar. Sabia que o ato deveria ser espontâneo, não forçado, imposto ou obrigado, mas motivado por minha própria consciência.. Mas eu não poderia ter o desejo no meu coração, de fazer algo que eu achava ser meramente procedimental, por não entender o contexto ou o significado. Se nessa época, sendo uma Cristã fria, eu não me interessava, quando me desviei é que não ia me interessar mesmo. 

Hoje eu olho para atrás e tenho vontade de chorar. Falo com Deus em meus pensamentos que perdi tempo demais longe dele. São anos que não irão voltar. Mas lamentavelmente, eu precisava experimentar do mundo e passar pelas coisas que passei, para realmente conhecer Jesus. Às vezes parece que Deus permite com que nos afastemos dele para conhecer o outro extremo. A experiência no mundo afora só me acarretou uma coisa: o vazio. Algumas pessoas precisam ser chacoalhadas para se despertarem. Do jeito que eu esteva morna, só passando a viver numa extremidade suja para entender e clamar por uma extremidade pura. Com algumas pessoas a vida no mundo não gera nada, resume apenas o mal e a fraqueza humana ao se envolver com ele. Sim, entendo. Mas parece que comigo, até no desvio Deus tinha um propósito. De qualquer jeito, eu anseio por esses anos de volta, aliás, por toda a minha vida na presença de Deus. 


É, só ao voltar e me reconciliar com o Pai eu realmente senti a vontade de me batizar. Mas no começo do processo não foi fácil, o meu caminho representava o meu deserto, um período de intenso tratamento de Deus. Não me sentia parte de igreja nenhuma, como antigamente. Também não tinha nenhum referencial de santidade que pudesse ser um pai ou uma mãe espiritual, um líder, precisamente falando. Queria servir à Deus através das minhas próprias mãos, mas não tinha discernimento, nem sabedoria, nem conhecimento. A minha carne ainda falava mais alto que o Espírito Santo na minha vida. Meu orgulho me afastava das pessoas que eu não gostava. E eu não tinha a menor noção da importância do batismo... Inclusive, a única pessoa que me motivava e até me cobrava isso, era a mamãe. 

Cheguei a tentar. Não obtinha sucesso, toda vez que achava que ia conseguir me batizar em determinada igreja, algo dava errado. Me encontrava de mãos atadas e sem motivação. Deixava "pra lá" de novo. 

Os meses foram se passando, o meu deserto parecia durar o tempo que os judeus levaram para encontrar a terra prometida com Moisés (drama mode on!), e eu me sentia cada vez menor, cada vez mais... desolada. E quanto mais coisas para me desanimar apareciam, mais eu me apegava à Deus. Ciclicamente, eu me sentia menor e menor. Não imaginava que essa sensação já era a transformação em mim através do sobrenatural poder de Deus! É assim que temos que nos sentir mesmo: pequenos! 

Encontrei minha casa: a Igreja Batista da Lagoinha em BH. Um culto onde sentia a presença de Deus e o adorava em Espírito e em verdade. Não em carne nem fingimento. Recebia a palavra como um alimento, mas saía dos cultos com mais e mais fome. Me lembro com tanta nitidez, os cultos eram no tabernáculo, às 21 hrs, e eu desejava que a semana passasse mais rápido para que o domingo chegasse. Ainda no deserto, em solidão, mas pelo menos em casa. Só que o deserto sempre passa. Aliás, nós que sempre passamos pelo deserto. Passar por um e sair dele, não significa que nosso caminho será sempre por estradas agradáveis em zonas de conforto. Eu sei que outros desertos virão. Mas Deus, em sua misericórdia divina, deixou algo chamado EVANGELHO, capaz de transformar qualquer pessoa e conduzi-la por qualquer caminho, mesmo que doloroso. Esse evangelho me alcançou! O poder de Deus me alcançou. Eu sou uma nova criatura. No fim do meu deserto a solidão passou, e o que sobrou foi uma menina mais transparente em processo de transformação.


Uma família, um ministério e uma obra. Deus me proporcionou. Uma nova motivação: purificação e intimidade com Deus. Deus me conduziu. Creio que ele usou pessoas para isso - maravilhosas, diga-se de passagem - e situações. Eu fui motivada, inspirada e intimada a me batizar. E eu pedi por isso. Busquei ajuda, cheguei a incomodar - enchi a paciênciaaa -  o meu pastor - com muito amor - por esse momento. E depois que ele aconteceu, todo o propósito e todo a história se encaixaram no meu coração como peças de um quebra cabeça:


Agora eu sou parte do Reino de Deus. Agora eu declarei para o meu Senhor que eu morri para todos os meus pecados, ao me batizar, e que fui crucificada com Jesus. Nasci de novo, logo, sou nova criatura. Tenho a chance de ser santa. 


Fui alcançada pelo evangelho de Deus, o poder de Deus está em mim. Estou sendo transformada, a cada dia uma sujeira sai e mais santidade entra. 


Meu batismo foi o mais lindo que eu já vi, o momento que mais marcou a minha vida. E eu sei que Deus cuidou de cada detalhe, nada do que aconteceu foi obra do homem. 



sexta-feira, 28 de setembro de 2012

É hora de calar, e aceitar.

Uma overdose de sentimentos, gerados por Deus, aqui dentro. É sempre assim. Uns dizem que é o primeiro amor pós conversão, outros dizem que é fanatismo religioso, mas eu prefiro acreditar que é o sobrenatural poder de Deus me transformando. Afinal, é o início de um processo que dura pelo resto da vida.

Eu escolho ser uma dessas pessoas que faz de tudo para manter esse processo em chamas. Aceso, acordado, sem adormecer. Cada vez que eu anseio mais pela presença maravilhosa de Deus - da qual eu não sou digna - eu peço para que ele me transforme, ainda que isso me custe a alegria e me traga dor. Eu quero ser quebrada sim, e reconstruída, aos moldes de Jesus Cristo. É por isso que nós devemos ter cuidado e convicção ao pedir algo para Deus: ponderar se estamos preparados para receber. Arrancar o orgulho de dentro e se transformar numa pessoa humilde implica em nada mais nada menos que (muita) humilhação. Sim, é na humilhação que nos tornamos humildes. E é só através da submissão ao que essa humilhação nos acarreta, que seremos transformados. Em outras palavras, significa dizer que você será humilhado e precisa aceitar calado. (Se alguém que não entende a vibe do negócio ler esse post agora, provavelmente vai pensar que eu sou louca ou que perdi a noção das coisas... )

Deus anda falando sobre o silêncio. "Filha, é hora de calar". Infelizmente às vezes a carne grita, e eu contra-argumento. Não contra Deus, mas contra a humilhação... sofro de qualquer jeito, mas tento me justificar ou me defender. Assim não há mudança. Só há dor. E se tem uma coisa que nós podemos tirar dos momentos de dor é o crescimento. Só isso. Se eu não cresci ao sofrer, do que valeu a pena sofrer e me submeter à humilhação? É para crescer mesmo! É para aprender a me sentir menor, humilhada, ofendida numa posição de igualdade, não de superioridade à ninguém... Talvez o arrependimento genuíno - esse que Deus realmente preza - venha acompanhado de uma vergonha grotesca de certas atitudes que nós já tivemos um dia. Eu não acredito nessa história de vangloriar passado negro como parte de testemunho. Pode ser parte de quem eu fui um dia, mas eu não devo mencionar com orgulho, e sim com repúdio. Focando o assunto no arrependimento das práticas que um dia eu já fiz e nos milagres que Deus fez em minha vida, frisando que ele pode transformar qualquer um como me transformou. Uma dessas práticas, que eu ainda tento eliminar, bem carnal mesmo, é esse bendito orgulho. 

Nos mais variados ambientes eu escuto pessoas conversando em tom de superioridade. Acreditando que são realmente melhores umas que as outras, porque o valor que elas acreditam ter está atrelado à bens materiais ou a qualquer tipo de status. Ser bonito, ou ser descolado, ou ser inteligente, ou sei lá... Por mim já chega. Eu quero ser transformada! Eu quero ser uma pessoa melhor, não no sentido de ser melhor que ninguém, mas ser como Jesus, caminhar rumo aos céus e ter o caráter de Cristo. O ÚNICO DIGNO de honra e glória. Nenhum de nós merecemos glória por nada, por fora podemos ser alguma coisa, mas por dentro somos todos podres. É o sangue dele que nos limpa, foi o sacrifício da cruz que fez com que Deus derramasse sua graça e misericórdia sobre nós para que pudéssemos ter alguma coisa boa no meio de tanta lama. Tudo de bom que nós temos provém da graça de Deus. Devemos nos orgulhar DELE. Não de nós mesmos.  

Eu sei, o discurso pode parecer repetido, mas eu não vejo outra coisa por enquanto: a sociedade da geração coca cola, marcada pelo consumismo, produziu pessoas que se orgulham demais. E que acabam sendo egoístas. O fruto do egoísmo é a desigualdade. E pode parecer uma ligação de assuntos que fogem do tema, mas o silogismo é bem por aí, uma coisa gera a outra, e nós todos estamos inseridos nesse bolo de doenças sociais. Logo, se nós somos frutos do meio social em que vivemos, somos consumistas, orgulhosos, soberbos, egoístas e injustos. 
Tem até exemplo surgindo: 
"Quero comprar tudo. Tenho orgulho do que sou pelas coisas que comprei.Ou pelo que me tornei. Preciso mostrar que eu tenho essas coisas. Ou mostrar quem eu sou, perante o meio em que vivo. Mas só eu posso ter e ser. Tenho que me destacar e voltar meus recursos financeiros apenas para mim. Não tenho interesse em ajudar a igualar a condição dos desfavorecidos com a minha, porque assim seríamos todos iguais e eu não teria destaque, nem do que me orgulhar. Também não tenho interesse em administrar recursos financeiros em prol dos miseráveis (aqueles que estão na linha de miséria), a não ser que eu receba muito por isso e possa manter meu estilo consumista de vida. Para finalizar, sou injusta porque o mundo é injusto, e se vivo numa sociedade desigual, a culpa não é minha, afinal eu não comecei nada disso." 

Eu já fiz e ainda faço parte desse exemplo. Mas desejo a mudança. Vou lutar por ela. E quanto a você?

O humilde Deus exalta, mas o soberbo Deus abate. 


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Clamor Pelas Nações 1, absorvendo.

É com muito temor que hoje eu escrevo. Por mais que Deus te dê uma unção revestida de autoridade para falar, o princípio da sabedoria é o temor do Senhor, logo, é ter completa noção de que toda sabedoria procede dele, e que sem ele, eu não sei nada. O nosso entendimento é vão, sem o discernimento que provém de Deus. O respeito somado ao medo - sim, medo - que eu tenho por ele, não me permite deturpar sua palavra, e eu não quero contaminá-la com achismos... mas é meu dever ministrar aos outros o que foi ministrado em mim, para que a resposta da minha unção gere um avivamento. Mesmo que em um único indivíduo. Se a chama arder lá dentro dele, já valeu a pena. A linha de ser um agente transformador é tênue assim: pregue o evangelho, as boas obras, gere frutos, mas não perca sua alma. Coisa séria, tão séria que o coração aperta em falar.

Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. 
Apocalipse 3:15-19



1) 
Deus vomita os mornos. Não adianta fazer obras para Deus e ser morno, não buscá-lo na intensidade devida, de coração, e fazer obras sociais ou Cristãs de qualquer jeito. Ele deixa bem claro que isso não o agrada. Não se trata apenas de sermos excelentes no que fazemos para o Evangelho - não estou acusando as pessoas em tom de hipocrisia, tudo o que eu escrevo serve para mim -, se trata também de escolhermos um lado. O paralelo entre o quente e o frio é isso: não tem caminho do meio com Deus. Ou estás com ele, ou não estás. Não adianta "trabalhar" (bem entre aspas mesmo!) para Deus e viver no mundo, acreditando que fazendo isso seu papel de Cristão está justificado. Muita gente não consegue largar as práticas mundanas, não consegue ou até mesmo não quer se entregar completamente ao Senhor. A porcentagem que uma pessoa entrega à Deus acaba gerando nela essa temperatura morna.. 
2)
Nós , quando prosperamos financeiramente, dizemos que ricos somos e não passamos falta de nada. Mas lá do céu Deus olha para cada um de nós com decepção, a verdade é que não passamos de desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus. 
Desgraçados: cada vez que nos sentimos fortes porque temos dinheiro (que atualmente se tornou um dos deuses da humanidade) nos afastamos da graça de Deus, que ele derramou sobre nós. É um favor imerecido que nós temos da parte dele. Miseráveis: estamos envoltos num contexto de miséria, sem a graça e o amor de Deus, não temos nada. Pense numa pessoa que vive na mais completa miséria social, passando fome, frio, no lixo, na lama... no caso seria infinitamente pior que isso. Pobres: ter condições financeiras não significa nada no Reino dos Céus. No reino dos homens até significa muita coisa, status, luxo e por aí vai... mas a conversa hoje não é sobre o reino dos homens e sobre as coisas deles. Tudo isso que nós vivemos é transitório. Estou falando sobre o que é eterno. Cegos: deixamos de enxergar o poder de Deus, a manifestação de sua Glória, e tudo o que Deus nos mostra nas mais variadas formas: nosso discernimento desaparece. Nossa visão não se afina conforme a visão de Jesus. Nus: em outras palavras, pelados. Ao que isso remete? A vergonha. A vergonha de estar nu perante um Deus que tudo vê, a vergonha de transparecer quão imundo nós somos..  
3)
A verdadeira riqueza está no Ouro refinado no fogo! Quando o ouro é refinado no fogo, o que acontece com ele? Ele fica puro. É bem lógico: a verdadeira riqueza está na pureza. A pureza em tudo quanto nós fizemos, sem máculas, sujeiras, sem misturas. Pureza. Devemos purificar as nossas iniquidades para que de fato, sejamos ricos. As roupas brancas se referem também às purezas de nossas vestes que cubram as nossas vergonhas imundas diante de Deus, e o colírio de unção em nossos olhos para que possamos ver os mistérios de Deus, para que tenhamos o discernimento que vem dele e que assim nossa visão se afine com a visão de Cristo, olhando sempre para o caminho a seguir, sem desvios.
4)
Deus é pai. Um pai de verdade corrige, basicamente. Através da correção e do castigo somos disciplinados, educados, corrigidos... Um Deus santo não compactua com o pecado, sua natureza ilibada não permite que se negue. Não podendo se negar, é impossível ceder aos erros que nós cometemos. Não adianta, o céu é um lugar de pureza, santidade, parece que hoje em dia nós queremos que Deus nos aceite cheios de pecados, do jeito que somos, à nossa maneira, em salvação. Não queremos morrer para nossas vontades, queremos as coisas do nosso jeito errado de ser. 
Ser zeloso e se arrepender é um sinal de comprometimento com Deus, é a excelência guiada pelo temor e pela vontade em agradar seu coração, em honrá-lo. O arrependimento é sobre o contexto em geral, da superioridade que o homem vê em si mesmo quando prospera financeiramente. 

E a conclusão? A conclusão é que nós precisamos desesperadamente de buscar mais, conhecer mais a palavra e o poder de Deus. 

... E clamar: 

Senhor, 
te rendo graças por tudo o que o Senhor tem feito em minha vida. Te agradeço por me aceitar e me amar todos os dias, com a tua misericórdia benigna e a tua graça sempre me ancorando. Muito obrigada. Sei ó Pai, que teu coração se entristece quando te procuramos em detrimento dos nossos desejos. Como somos interesseiros! Como somos oportunistas! Quando as coisas estão prosperando, deixamos o nosso relacionamento com o Senhor esfriar, nos tornamos mornos, submersos em religiosidade ou apoiados em muros que dividem a indecisão entre vivermos para o Senhor ou vivermos para o mundo. 

Deus, a nossa natureza não presta! Qualquer pedaço bom dentro de nós provém da tua graça! O Senhor derramou sobre nossas cabeças o favor imerecido, nos enchendo de unção para que sejamos a diferença nesse mundo, e ainda assim, te decepcionamos. Deixamos essa unção se perder, e a chama do fogo por ti apagar. Que dor, Senhor. Se o avivamento começa na dor, no lixo que nos sentimos ao olharmos para dentro, prezo em te dizer que este avivamento já começou por aqui. A cada dia eu entendo mais e mais que nada sou. O Senhor tem me quebrado e mostrado o que é humildade, algo que no teu Reino é imprescindível. Não há lugar para o orgulho. Não me orgulho de mim mais, ó Deus. Se as vezes me vejo como princesa, é porque sei que sou filha do Rei. Mas uma princesa sem orgulho próprio, aprendendo a não deixar que o amor interno vire soberba. 

Soberba... indesejada, mas tão presente quanto o ar. Somos prosperados, nos tornamos soberbos, e nosso fogo interno de unção se apaga. Não há unção sem santidade, e não há santidade com pecado. Limpa-nos ó Deus, inclina teus ouvidos misericordiosos à seus filhos que clamam por mudança! Limpa-nos pai! Imploro à ti Deus, o mesmo Deus que enviou seu filho amado para ser o exemplo de compaixão e perfeição que eu tenho, esse Deus piedoso, ainda que justo e firme. Não deixes que o meu país, tendo prosperado tanto financeiramente nos últimos anos, se torne frio na fé. Nós também sabemos o que é a miséria. Não refiro agora à minha pessoa, mas à minha nação! O Brasil já sentiu fome de alimento. Já chorou por injustiça... aliás, ainda chora. E eu sei que todas as vezes que nós choramos, o Senhor também chorou. Se hoje nos prosperou, foi para que fossemos usados no avivamento mundial! Nas missões e evangelismos continentes afora... Nos levantou, para que pudéssemos levantar outros. 

Ensina-nos ó Deus, a não amar as coisas deste mundo. Sim, permita-nos perder, para não nos apegar-mos. Afinal, é transitório certo? Inevitavelmente, vai passar. Devemos te amar acima de todas as coisas, se as vezes não o fazemos, dá-nos outra chance de fazer. O mundo materialista globalizado de hoje ajuda a agravar nossa situação, mesmo não sendo justificativa, é um fato. Querendo ou não, nosso contexto contribui para a nossa desgraça Deus. Tudo temos, mas não temos ao Senhor, logo, nada temos. É um silogismo infeliz. As crianças famintas no Haiti tem mais facilidade em se apegar ao Senhor, visto que elas nunca tiveram nada. Por vezes aqui no Brasil nos apegamos às coisas, atrelando nosso conceito de felicidade à elas. Amarga ilusão, fruto do capitalismo e da globalização que essa geração vive. A verdadeira felicidade permanece em Deus.

Precisamos do fogo, da unção, no ministério que queremos ter em prol do teu reino Senhor. Queremos ser como carvão, que ainda sujo, queima. Somos sujos, não negamos. Mas podemos queimar por ti ó Deus, se acenderes o fogo. Queremos passar esse fogo pra frente.  Queremos sair da zona de conforto gerada pela riqueza e te buscar de coração, não desmoralizados no Reino dos Céus, mas honrados por ti, ainda que isso nos custe uma vida terrena de provações e privações. O Senhor não nos escondeu que no fim dos tempos o amor  e o fogo se esfriariam pelo aumento da iniquidade, mas nós escolhemos ser os poucos a transformarem o mundo e nadar contra a maré. Eu me recuso a fazer parte das estatísticas! E é por isso que eu clamo Senhor, me perdoa, e acende o fogo em mim! Se o desafio da igreja nos próximos anos for manter o fogo aceso e não confiar na riqueza, eu aceito a responsabilidade de tentar. Meu Deus como é forte, é um ônus, é uma cobrança futura por um Deus tão grande que tem todo o universo na palma das mãos... Só existe uma palavra que descreve: temor. É algo que certamente o Senhor iria cobrar. Peço, temendo. E amando: aos meus irmãos secundariamente, mas ao Senhor, primeiramente. 

Manifeste a tua glória em nossas vidas Senhor! Dá-nos a riqueza de sermos puros como o ouro refinado no fogo! Queremos a pureza, a santidade, o temor, a visão afinada, os ouvidos limpos e o zelo! Escuta o nosso clamor ó Deus, pois o que pedimos não será em benefício próprio materialista terreno, mas em teu benefício, para tua honra e glória, para um relacionamento conciso e verdadeiro com o Senhor. Para aliviar a injustiça desse mundo. Para viver o teu evangelho. Para honrar o sacrifício na cruz, de Jesus. Para sentir o Espírito Santo. Para conhecer o teu poder e viver a tua palavra.

Peço por graça e misericórdia, mais uma vez.

Em nome de Jesus,

Amém.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Parece loucura, mas louco é quem finge que não vê.

Dói mais não poder amar, do que não ser amado.
De fato deve ser difícil ter um coração duro, orgulhoso, que quase te sufoca por dentro e te obriga a reter os maiores e melhores sentimentos. Um vulcão humano prestes a explodir. Ou, em segunda hipótese, não poder amar devido às circunstâncias, com o coração mais aberto e interessado possível, mas oprimido, impedido por alguma força maior. Como uma criança desejando um pirulito. Seus olhos brilham, ela realmente quer... mas não pode.

A vida é cheia de quebra molas, durante o percurso encontramos alguns mais altos que outros, que nos impedem de acelerar. Para os ansiosos de plantão, como a senhorita que vos escreve, o auto controle chora. Eu mesma já chorei. E sempre que essa mesma ansiedade bater, é hora de parar, pensar e tirar o melhor da situação: o tempo de Deus. Esperar o tempo de Deus não é algo que promete apenas uma vontade boa, perfeita e agradável, como é também um tratamento de choque contra toda e qualquer pressa. É o caminho para a excelência.

Não ser amado, portanto desenvolver um sentimento unilateral por alguém, é também doloroso. Entenda, eu também entendo. Acredite, eu também sei. O feedback não acontece, é o mesmo que enviar uma mensagem ao receptor que não recebeu a mensagem, ou que não corresponde à mensagem, ou que ignora a mensagem. De qualquer forma, a resposta é nula. Mas eu não creio que Deus permitiu que soubéssemos o que é o amor pra isso... por obviedades bíblicas fica nítido que esse mesmo Deus criou o amor, por sua essência própria um sentimento de cunho bondoso, antes mesmo da criação do homem. É simples: Deus É amor. Ele É. E ele permitiu que soubéssemos e sentíssemos o amor. Talvez o sofrimento trazido por ele seja convertido em aprendizado, mas se o amor é verdadeiro, ele continua independente do aprendizado e do sofrimento. Ele suporta mesmo, já dizia uma belo versículo de Corintios que eu postei há algum tempo. Um versículo aí que eu gosto "pouco". Em suma, talvez a causa ou culpa de transformar o que seria uma dádiva divina em dor, seja toda nossa. Humana, errada, liberal.

Livre Arbítrio é presente, o ônus de escolher é todo nosso. Portanto, não culpemos ao nosso maravilhoso Pai por escolhermos que amamos errado, ou por permitirmos que o amor se desenvolva em nossos corações por alguém que não sente o mesmo. A dor da não- reciprocidade é responsabilidade nossa.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mais uma vez.

"Lidiane, Lidiane, corre aqui filha.."

Para o portão, desesperada, fui eu. Chegando lá, me deparo com o carro da dona Josiane, vulgo Mommy, e dentro dele uma cachorra de rua - mais uma vez. Acredito que o sangue da minha família veio com algum  componente diferente, ou talvez seja a genética... é inexplicável (talvez a psicologia explique) ter essa mesma vontade e compaixão, assim como meus tios e primos também tem. A família toda tem um histórico com street dogs (puríssimos, 100% de rua) e belas lembranças guardadas. Hoje, um dia atípico, acrescentamos mais uma ao nosso livro.

A cachorra foi encontrada no posto, enquanto minha mãe abastecia o carro. Ela já tinha sido atropelada uma vez, e enquanto tentava atravessar, um caminhão foi em sua direção como se ela não fosse nada... como se não pudesse desviar, numa pista onde era perfeitamente possível. Simples assim. Se não tivesse uma senhora escandalosa - pra não dizer outra coisa da minha amada mãe - perto dele, talvez sua indiferença com a vida animal tivesse sido consumada em morte, hoje. Felizmente minha mãe observava a cena e não teve vergonha em largar o carro, sair em direção e salvar a cachorra. Ela parou o caminhão aos gritos. Esticou a mão para a cachorrinha (que não chegava perto de ninguém, talvez por desconfiança..) enquanto, com muito medo, ela vinha em sua direção. O resultado: a cachorrinha agora está comigo, no canil, alimentada e esperando o dia amanhecer para ir ao veterinário e receber os tratamentos necessários. Eu espero, de coração, que ela sobreviva. Já sinto muito amor e muita, muita compaixão por ela, e muito orgulho da minha mãe. Eu não sou de copiar nada de ninguém, mas esse tipo de coisa me inspira e me motiva. Eu preciso ser assim... eu preciso amar aquele - não apenas o animal - que se encontra perdido, morrendo, e é ignorado pela sociedade. Eu preciso fazer alguma coisa. Eu preciso ajudar, tomar alguma atitude para mudar a realidade dele. Quem sabe se a minha mãe não tivesse tomado essa atitude hoje com a cachorrinha, ela estaria morta agora. De um outro ângulo, caso ela sobreviva aqui, futuramente ela terá uma chance de ser feliz e amada, como deve ser. 

É pela Graça... é pela Graça de Deus. Só pela Graça. 

domingo, 19 de agosto de 2012

Conjugando o verbo AMAR

Por ti, mãe.

Não falo constantemente, mas sinto pulsando nas minhas veias como sangue. Esse amor me persegue há 25 anos. E honestamente, ele independe de qualquer coisa. Não consigo pensar em nenhuma condição, porque mesmo se você deixasse de existir, eu continuaria te amando. Não é apenas por cuidar ou por ser (ou não ser) presente, é por ser a minha mãe, aquela pessoa que ora por mim e que no fundo, ainda que eu tenha tantos defeitos, não me deixa desamparada. Por vezes eu te considerei uma mulher maravilha e exigi de você uma capacidade super humana de viver em minha função, mas mesmo que eu me arrependa amargamente por esse tempo, o passado ficou para trás, e hoje o que eu vivo no presente é o amor de Deus me sustentando. Vou te amar, pra sempre. 

Por ti, pai. 

Quase uma criança, dependente e carente de amor. O maior coração do mundo repousa em teu peito, pai. Obrigada por me proporcionar uma vida tão digna e confortável, num mundo onde a desigualdade reina (como conheces muito bem.) Seria fácil se pudesse arrancar as dores do seu corpo, ou ao menos assumi-las no meu, como eu sei que você faria por mim... sacrifício aqui nunca foi problema né? O seu exemplo não faltou para mim. Negligente como sempre, eu que não aprendi. Apesar dos pesares, me sinto um orgulho brilhando nos seus olhos, inocentemente, eu percebo a cada dia. Conjuguei outra vez, sim, te amo também pai. 

Por ti, Jesus.

Faltou te dizer hoje? Nada importa mais, eu sei. E o Senhor, como bem sabes, tem sido minha maior busca, desejo muito te encontrar. O sacrifício na cruz por mim foi a maior e melhor atitude que alguém já fez por mim, nada nunca irá substituir isso, mas seria errado negligenciar o caráter tão puro, tão meigo, tão suave que tens. Me comove. Sou inspirada por ti, Jesus. Mansidão e humildade de coração se tornaram metas, longe delas mas no caminho, eu vou andando... E desde que eu te conheci de verdade, eu te amei. Se esse amor não transbordar aqui dentro, não sobra nada pra ninguém. Que transborde o vaso, que a unção seja o amor mais verdadeiro que existe em todo o universo: o teu, Senhor.


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá 
1 Coríntios 13:1-8

domingo, 29 de julho de 2012

Eu tenho um chamado!


Eu não vou parar, a estrada é muito longa vou continuar.
Mesmo em meio às lutas, eu não estou só e te sinto aqui.
A vida é mesmo assim, tantas aflições eu tenho que enfrentar
Mas o Senhor está sempre a me proteger te sinto aqui
Quando o vento sopra contra mim
Os problemas tentam me abater
Eu me lembro, o grande Eu Sou me enviou.
Eu tenho um chamado jamais vou me calar
Eu tenho um chamado o evangelho anunciar
Eu fui escolhido no ventre da minha mãe
Eu sei que Deus não abre mão de mim não.
Há muito pra fazer não há mais tempo pra olhar pra trás ...

01:49 da manhã, meu blog não é um diário mas, se eu não escrever aqui, corro sérios riscos de dormir mal pela 8a vez consecutiva. Certas coisas devem ser externadas... já algumas outras não. Bom senso somado ao Espírito Santo formam a mais bela combinação no quesito sabedoria... Mas a noite vai render dentro do que o dia rendeu: Deus e mais Deus. Porque agora, nothing else matters. 
Essa letra linda citada no princípio é na verdade uma música que marcou a minha caminhada Cristã: a música da minha conversão. No momento em que eu ouvi essas letras cantadas, comecei a chorar como criança, de soluçar. Lembro que naquele momento veio um flashback da minha vida inteira na cabeça, por segundos um filme rodou nos meus pensamentos de tudo o que eu já vivi e junto com isso um turbilhão de sentimentos. A mensagem principal da letra, pra quem sabe interpretar, é sobre o chamado que os escolhidos de Deus tem nessa terra. Também sobre como Deus acredita em nós e da nossa importância para ele. Pra quem já se sentiu inútil (sim, sem utilidade) e perdida como eu, isso faz muita diferença. 
Ser importante para alguém e para algo que só você sabe fazer, te faz único. E é isso que nós somos para Deus. Sentir isso arder no coração é uma das melhores sensações, coisa indescritível, mas eu me atrevo a tentar descrever: quando você descobre o que te motiva, o que te faz feliz, qual seu propósito de vida, qual sua paixão, e tudo mais desse mesmo contexto, a primeira reação é a de largar TUDO e sair correndo em direção à sua descoberta. Pensa numa loucura. Batimentos cardíacos acelerados, gastrite bombando, falta de ar, vontade de pular e gritar ao mesmo tempo, lágrimas escorrendo e uma vontade toda linda de amar. Sim, amar. Porque o amor é o primeiro sentimento que nós assemelhamos ao que nos faz feliz e que nos proporciona satisfação... sentimos prazer no que fazemos, e por isso amamos o que fazemos. É desse fogo que eu tô falando. Arde demais! E soa gostoso, só de ler né? Pois é, o que Deus tem para nós e coloca nos nossos corações é tudo isso, acrescido de 100% graça, algo que vem só dele e que nos permite desenvolver seus sonhos para nós. 
Quando a semente de Deus vai brotando no coração não dá mais para viver sem ele. Não dá cara. Eu quero mais, estou desesperada pedindo, porque eu quero, porque eu preciso! Eu vou viver do que Deus tem para mim! Seja lá o que for. Se eu não estiver pronta ainda, ele vai me transformar até que eu esteja, porque afinal de contas, não há vitória sem luta. Obviamente existem retaliações em qualquer ministério, e por isso creio que todos precisamos passar um período de tratamento de Deus, a fim de estarmos aptos à vencer cada uma dessas retaliações e prosseguir no caminho. A consciência  deve caminhar lado a lado com a realidade, e a realidade é que nada que vem fácil, presta. Sofrendo, mas perseverando, o valor cresce. 
Deixa arder, Deus. Meu coração é teu. O dilema - de trabalhar para o homem e ser bem sucedido financeiramente ou trabalhar para Deus e correr o risco de perder o padrão de vida - preocupa alguns, mas não a mim... e talvez essa seja a vantagem de ser às vezes negligente e inconsequente: não ligar. OU confiar. Eu confio em um Deus que pode me suprir. Além disso, a prosperidade está onde o seu designo está (seu propósito), quase um silogismo para um clichê básico que diz que somos prósperos fazendo o que amamos (e logo, o que nos motiva a buscar por excelência!). 
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.Eclesiastes 3:1

Muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho do SENHOR permanecerá.Provérbios 19:21

sábado, 28 de julho de 2012

A santidade começa pelo Sim.

Estou sumida, por ser férias eu deveria estar atoa (já que no momento não estou trabalhando). Só que não.
Esse ano foi diferente. Além de ter ingressado no núcleo de comunicação do Instituto Inconformados, essa semana foi a semana do Confra Jovem, um congresso de jovens da Igreja Batista da Lagoinha, a qual eu frequento regularmente. Acrescentando mais ainda à agenda corrida de férias, nessa mesma semana recebi a ilustre visita da minha prima baiana Priscila, que veio basicamente pelo congresso. E foi benção!
Correria pra cá, correria pra lá, tempo zero para escrever. É preciso parar, respirar, orar (mesmo!) e juntar as idéias... Mas durante esses dias tantas coisas foram se acumulando na minha mente e (infelizmente) no meu coração, que assunto não vai faltar pelos próximos 30 dias. Nem inspiração. Mas eu sempre peço para que o Espírito Santo fale por mim, então... here we go!

Quarta feira passada, a pregação no congresso ministrada pelo pastor Gustavo Bessa, se referia à santidade (e também ao título dessa postagem, mais especificamente): a santidade começa pelo sim à Deus. Nunca pelo não que dizemos às coisas do mundo. Fato curioso alguém lembrar disso (que eu acho de extrema importância) quando num contexto onde tantos temas se banalizaram, as pessoas esqueceram que existe outras coisas que nos impedem de ter um real encontro com Deus e alcançar a santidade. Isso significa dizer que não é só o pecado sexual ou qualquer outro pecado que nos afasta de Deus quando queremos ser santos. O pastor quis dizer, basicamente, que a religiosidade também impede de alcançá-lo. É como se você nadasse num mar imenso e nunca chegasse à lugar algum.

Algumas pessoas se encontram tão presas no legalismo ( ironicamente eu pensei que depois de ter me afastado do direito, eu nunca mais fosse encontrar esse bendito... para a minha alegria. Só que não, de novo) que vivem pelo conjunto de regras vazias, acreditando que isso vai aproxima-las de Deus. Pode até ajudar a não afastar ele de você, mas não se refere ao principal. Eu até concordo que Deus exige obediência e que seu coração se alegra disso... mas sinceramente, esse legalismo todo só gera arrogância e prepotência, quando deveria gerar dependência e humildade. Precisamos nos lembrar sempre que é dizendo SIM para Deus e pedindo que seu Espírito Santo nos possua e nos transforme, que a santidade será alcançada e deixaremos de pecar. Não é por nossa própria força que conseguiremos. Não é julgando ou condenando os erros (e pecados) dos outros que os nossos serão apagados (ou ignorados por Deus). É pela graça de Deus que nós somos alguma coisa nesse mundo, e que conseguimos ser santos. É só pela graça. O poder é dele, e só ele tem a capacidade de transformar-nos, por isso não adianta nada ficar seguindo um monte de regra religiosa e não se entregar à ele de coração.

Poderia discorrer sobre como é desnecessário a imposição de regras religiosas nos outros, mas agora não convém. Vou só resumir esse tópico dizendo que isso mata a fé das pessoas, gente. Não façam isso, pelo amor de Deus! Se a pessoa tem uma bíblia em casa e um Deus no céu, deixa que ele faça a obra na vida dela, não tente empurrar normas religiosas ou opiniões pessoais para ninguém. Isso não acrescenta espiritualmente mas irrita carnalmente. Cada um precisa de seu tempo para crescer, o melhor que podemos fazer é auxiliar nossos irmãos sem julgamentos ou imposições... já vi muita amiga chorar por causa de religiosidade de pastor. Isso tira a alegria das pessoas, ok?!

O coração sincero agrada à Deus. Eu estou longe de ser santa, eu peco todos os dias, e todos os dias eu me arrependo de tudo o que eu fiz e que desagradou ao meu Deus. Esses jargões de "carpe diem" e "é melhor errar do que se arrepender por não ter tentado" são coisas tão estúpidas e inseridas nos nossos valores pessoais, que fica difícil olhar para frente e reconhecer que arrepender é preciso. O foco hoje não é no arrependimento, mas eu acredito que até para essa religiosidade extrema ele é necessário.

Desejo que possamos ser todos mais cheios de Deus e mais vazios de religiosidade.
A santidade também é dizer não (ao pecado)... mas ela começa pelo sim (à Deus)!


Fica aqui um versículo para a reflexão:

As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.Colossenses 2:23






Ps: Dona Stephanie Silva me ligou 5 (CINCO) vezes enquanto eu escrevia esse post... ou é muito amor, ou é muito desespero. Ser amada assim às vezes é chato, sabe... rsss

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Três Substantivos

E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa
Hebreus 6:15

 
















O sangue ferve, e o coração bate na velocidade de um motor. As palavras vão chegando, e eu tento me organizar para ver se sai alguma coisa. Mas não.
Nada além dos sonhos de Deus, da paciência e da promessa. Interligados em mim, três substantivos que para o resto do mundo, não passam disso. (In)Felizmente em mim a coisa funciona (sempre) diferente. 


Eu já aprendi que Deus coloca os sonhos dele dentro dos nossos corações. A partir do momento que você começa a buscar à Deus e muda sua vida por causa dele, automaticamente seus sonhos vão mudar também. Doce engano pensar que eles mudam porque seus princípios mudaram... seus sonhos mudam porque Deus começa a agir no seu coração e na sua mente de forma sobrenatural. Ele tem sonhos maravilhosos para ti, bem maior que os seus sonhos motivados por seu coração enganoso e emotivo. E a medida que abre a porta para ele entrar na sua vida, ele te faz sentir lá dentro do coração o que ele tem guardado. Nessa fase, começa-se a querer, desejar, o que ele colocou no coração... um sonho que te edifica, que te faz melhor, que vai brotando como uma sementinha num campo fértil. Você começa a ter vontade de fazer outras coisas, de ir em outros lugares, de conhecer novas pessoas... é o Senhor te transformando. Devotando-se ao máximo à ele e pedindo para que realize seus sonhos, por toda sua graça e misericórdia, ele promete. Inclusive, tudo o que está na bíblia que ele prometeu, ele vai cumprir (se ainda não cumpriu... ). Receber a promessa, ou seja, ver a execução desses sonhos, depende de você: fazendo por onde, ou seja, merecendo; sabendo esperar.




A paciência precede a espera. Não tem como esperar com alegria, com paz, sem a paciência... aliás, de nenhuma forma tem. Mesmo na angústia, sem a paciência a realização e o resultado final não acontecem, porque o sonho nem chega a se consumar. Deus nos trata em qualquer situação a partir do momento que começamos a caminhar com ele, e que pedimos pelo tratamento (pela mudança!). Só ele sabe como eu ainda quero mudar! Escrever na terceira pessoa é só um jeito de dizer o que acontece na primeira pessoa - no caso, EU. O que acontece comigo, o que eu sinto, o que eu vivo, o que eu penso e o que eu quero. A experiência é pessoal, e por mais que seja compartilhada, seu caráter continua sendo pessoal. Não é um robô escrevendo sobre algo que ele aprendeu ou que ele observa, é uma pessoa escrevendo sobre algo que ela vive. Bem intensamente, diga-se de passagem. E até para isso existe o tratamento de Deus: ele equilibra o que foge do padrão. "Filha, eu te amo demais, por isso eu vou quebrar seu coraçãozinho até que ele esteja pronto para ser reconstruído... enquanto isso você aprende a ser paciente, fiel, focada, controlada e sábia." Eu posso até escutá-lo dizendo isso para mim. E eu creio, eu creio que tudo o que Deus faz tem um propósito que irá beneficiar à mim, porque ele é o maior interessado na minha felicidade. 


Então eu vou esperar. Os sonhos que Deus colocou no meu coração, não vão morrer. O foco está em lutar pela promessa: a de ser feliz, e ter todos os meus sonhos realizados, sonhos sobre a minha profissão, sobre a minha família, sobre o meu amor, sobre os meus filhos, sobre o meu chamado, sobre o meu ministério e sobre qualquer outra coisa que ele colocar no meu coração. Se ele me deu a chance de sonhar, é porque ele me deu o direito de obter, só depende de mim. O mesmo Deus que promete, cumpre. 
Sabedoria maior está em reconhecer o que te faz bem e o que te faz mal... o que edifica eu não abro mão. Não abro mesmo!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Obedecendo...

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. 
Filipenses 2:5-11 



É preciso ler e reler o texto até que seja possível identificar quão profundo ele é.
Inicialmente, Deus fala que nós homens precisamos sentir o mesmo que Jesus sentiu. 
DE forma extremamente - reafirmo, extremamente - humilde, abdicou de sua condição divina. Todos sabemos que Jesus era Deus, e ao mesmo tempo homem, um Deus em forma humana, 
de carne, osso e sangue. A vontade do Deus pai para com seu filho era de que esse se esvaziasse de suas vontades, de seu poder, (e também de seu sangue) e vivesse até o fim de seus dias na terra corretamente.

Viver corretamente para Deus, consiste em ser obediente em tudo, logo, em não pecar. Nós homens, não somos capazes disso. Mas Jesus não era apenas homem, era também um Deus, que 
poderia ter pecado, e por amor, escolheu não pecar. Por amor foi obediente até o fim. Por amor fez a vontade final do pai: se entregou à cruz, se sacrificou. É preciso entender que ele tinha o poder de escolha, ele não era obrigado a se sacrificar por ninguém, e mesmo assim o fez por amor e obediência...
A obediência é um tópico complicado, né? Especialmente na vida dos brasileiros, que foram condicionados culturalmente a darem um "jeitinho" de consertar e mascarar tudo, mesmo quando
a questão se referir à iniquidade. Aprendemos a ignorar a iniquidade e ir levando a vida assim. Por isso as vezes a obediência soa como utopia, um sonho inatingível, ou simplesmente algo chato, que gera preguiça interna. Ironicamente: Para quê obedecer? Obedecer implica em fazer a vontade de alguém, não a nossa. Logo, não é exatamente a atitude que gostamos de tomar ou que conseguimos tomar, porque sempre será mais fácil sucumbir às nossas próprias vontades. As nossas vontades são motivadas pelo nosso coração, que é motivado por nossas emoções. É pura lógica: tomar uma atitude baseada nas nossas vontades é cair no erro. A questão é de tempo até que o pecado encontre brecha para se instalar na nossa mente, que por insuficiência de sabedoria vive poluída. Em todo esse contexto, a obediência diz respeito à Deus... em não pecar, mais uma vez. Em fazer a vontade dele, nas várias situações e decisões que ele exige. É fato que por nossa condição fraca e limitada humana, nós não conseguimos levar a vida em santidade e obedecer à Deus. Realmente, sozinhos não. Mas o começo da obediência e o coração quebrantado apontado para Deus, faz com que o Espírito Santo, deixado aqui por Jesus, nos auxilie a cada dia. Batalhar por santidade é por várias vezes, desgastante. Mas esse Espírito lindo, que é Santo, puro, forte, nos mostra quem somos realmente: quando estamos prestes a desobedecer (ou seja, errar), quando já erramos, onde nós erramos, o que nos motiva a errar, os nossos sonhos, as nossas dores, enfim, tudo o que nós mesmos não conseguimos enxergar (as vezes a sujeira tampa a visão, por isso é preciso alguma coisa limpa que sirva para tirar a sujeira). A cada dia de intimidade com o Espírito Santo nos fortalecemos no seu mover. E a mudança vai acontecendo, o pecado vai se esquivando e vamos conseguindo obedecer de coração. 
Várias amigas não convertidas me perguntam como eu tenho conseguido levar essa vida com Deus... é difícil explicar para elas, mas eu sempre dou um sorriso e digo que estou amando obedecer, e que não sou mais feliz deixando Deus infeliz. Glórias à ele por isso. 

Jesus não tinha mente poluída, nem coração enganoso. Em amor ao pai, foi obediente até o fim. Viveu 33 anos sem pecado, e ao fim de sua vida se entregou à cruz mas dessa vez não apenas em amor ao pai, mas também em amor ao homem. Seu sacrifício não foi apenas uma prova de obediência, mas uma prova de amor verdadeiro, de cuidado mesmo. Alguém já imaginou quão humilhante deve ter sido todo aquele processo da crucificação para um homem que era também um DEUS?Eu penso e penso como existe um caráter assim, tão isento de sujeira, tão puro e limpo, sem soberba, sem arrogância. Ele se igualou aos homens, seres sujos, pecadores, ruins e ingratos. Mais uma coisa que Jesus pregou com suas atitudes - e não apenas com suas palavras: a igualdade. Ele deixou bem claro que não se considerava melhor, apesar de ser infinitamente melhor do que nós todos. Nós temos que reconhecer que ele é melhor! Ele foi humilde e deixou claro que não era, para nos sentíssemos amados, para que olhássemos para ele como um amigo íntimo e não houvesse nada que pudesse nos afastar de seu amor. 

Recompensa pela obediência: se lermos atentamente e entendermos o versículo, veremos que Deus recompensou Jesus de forma soberana em honra. A obediência gerou frutos. Nada que ele fez foi em vão, e a recompensa em si nunca motivou o coração de Jesus, que sempre agiu de forma correta sem esperar nada em troca. Nós homens vivemos economicamente com base no capitalismo, e talvez isso tenha nos rendido um pensamento egoísta não apenas no que tange ao trabalho e qualquer atividade econômica que gere remuneração, como também nos nossos princípios e valores. Fazemos algo esperando uma troca: receber algo de volta. Jesus não. Jesus fez de coração, e foi exaltado por Deus perante os homens. Para sermos salvos precisamos confessar que JESUS CRISTO É O SENHOR. Confessando isso, ou seja, exaltando-o reconhecemos ao próprio Deus. Me diz se existe honra maior que essa? Além de tudo o que nós podemos tirar (e é MUITA informação) mais uma lição: Deus gratifica, Deus reconhece, Deus honra, Deus recompensa, Deus cumpre, Deus justifica, Deus enxerga, Deus escuta, Deus faz!

Experiência pessoal: obedecer à Deus, fazer o que ele manda quando eu não estou lendo a bíblia constantemente, ou orando tanto quanto eu deveria estar, me afasta dele. Quando eu leio, oro, busco, louvo, e me afasto do que não me edifica, aí realmente fica mais fácil seguir a Deus e cumprir seus mandamentos. Sou humana, tenho sangue e carne. Vontades próprias, manias mundanas e um coração corrompido pelo mundo. Isso significa apenas uma coisa: eu sou fraca. Fraca a ponto de não conseguir ficar em pé! Na minha vida espiritual, eu dependo de Deus pra me sustentar... se eu dormir, acordar e quiser levantar da cama com as minhas pernas eu consigo. Mas se o meu espírito (Deus quer que busquemos à ele em espírito e em verdade, ou seja, ele não quer uma carcaça - um corpo - vazia na igreja cantando e lendo) dormir, acordar e quiser levantar da cama, sozinho ele não consegue. Ele provavelmente dormiria até o fim dos tempos. É pela misericórdia de Deus que ele se levanta. Tão séria quanto parece, essa dependência exige uma entrega muito maior do que aquela que estamos dispostos a dar, e eu tenho me educado, me forçado a estar na presença de Deus sempre. A melhor coisa que isso poderia me render é a vontade de estar na presença dele dentro do meu coração, dessa vez não apenas impulsionada pela força, mas motivada pela falta. Sem Deus não dá mais. Eu quero obedecer, porque eu quero ter ele aqui pertinho... e sentir o amor dele, pulsando no meu coração.